Páginas

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ninguém nunca quis que fosse assim, passou pela minha cabeça durante aquela aula chata. Ninguém nunca quis mandar bilhetes por pessoas que pegavam o mesmo ônibus. Ninguém nunca quis ter apelidos de animais nojentos. Ninguém nunca quis acordar domingo de manhã e escutar sertanejo. Ninguém nunca quis a primeira traição. Ninguém nunca quis ter 27 anos. Ninguém nunca quis ser primo do seu primeiro namorado. Ninguém nunca quis ser amigo do seu irmão. Ninguém nunca quis ser extremamente fofo e extremamente feio. Ninguém nunca quis terminar tudo por e-mail. Ninguém nunca quis ser seu melhor amigo de banda. Ninguém nunca quis ser uma interrogação ambulante. Ninguém nunca quis ser aleatório de Fujiyama. Ninguém nunca quis dividir peguete em show indie. Ninguém nunca quis ser dentista. Ninguém nunca quis ser poeta. Ninguém nunca quis namorar sozinho. Ninguém nunca quis ter nome de morte. Ninguém nunca quis ser riquinho nojento. Ninguém nunca quis ter 14 anos. Ninguém nunca quis ser o amor da sua amiga. Ninguem nunca quis ser só legalzinho. Ninguém nunca quis tremer o corpo todo. Ninguém nunca quis ser vingança de formatura. Ninguém nunca quis ser traficante de drogas. Ninguém nunca quis ser da mesma merda de sala. Ninguém nunca quis ser vingança de show. Ninguém nunca quis ser uma noite de sexo. Ninguém nunca quis ser loiro que dói. Ninguém nunca quis ninguém de vcs.