Tentando nunca dizer não e esperando que, pela primeira vez na vida, a realidade supere minha imaginação fértil. Caminhando sem rumo pela cidade, na companhia de um cigarro aceso, percebendo as peculiaridades de todo esse senso comum que não me atrai. Acabo sem ar, prolongando demais raciocínios fúteis, sem conseguir terminar as frases. Escolho por isso meu quarto, minha companhia, minha música, meu tênis All Star.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Era um desfile de estilos, de câmeras, de barbas, de xadrez e listras. Era música e arte. Era eu, em forma de festa. Tudo pra lá e pra cá, mas eu aí. Eu no seu quarto, na sua sala, na sua cozinha. Era eu aquela sombra, aquele vento estranho, aquele pique de luz. Sua fome, sua sede, sua angústia; eu joguei na terra e a Deusa te levou. Você não sabe, segurei meus dedos ligantes e a minha boca falante. Era só quarta-feira, mas eu viajei pra você, como faço todos os dias. Chico Buarque que me desculpe, mas assim fui e assim sou, incontestavelmente.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Te criei do ócio quando lembrei que te conhecia. Toda essa aleatoriedade inesperadamente se tornou algum tipo de desejo. Sinto que você passou a compartilhar da minha loucura e não consigo imaginar porquê. Talvez eu não seja deveras única nesse mundo. Passei a te incluir na minha rotina e sorri. Te enxerguei nos lugares mais inesperados e você me diz que não é só imaginação. Preciso agora de explicações, de promessas, de você.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Não é que eu queira dizer que te amo, mas eu daria meu fígado pra fazer desaparecer 600km. Eu sei viver assim, sempre vivi, não sei porque espero mensagens o dia todo com o celular na mão. Por favor, não pense que está acontecendo alguma coisa, embora realmente esteja. Eu sou menina de duas semanas e sempre tenho uma carta na manga. Um ano é pura ilusão sua. Alimento sua insegurança pelo simples gosto de te imitar, de acompanhar suas mentiras, suas ignorâncias forçadas, sua inocência hilária. No nosso silêncio brutal cabem mil conversas apaixonadas e esclarecedoras, o que eu sigo imaginando sem esperança alguma. Eu não vou me acostumar, mas sacio sua sede de traições e indiferenças, o que for preciso pra manter nos trilhos nosso trem desgovernado. Espero não chegar o dia em que eu recupere minha sanidade e perceba o quanto tudo foi fora do normal demais pra ter realmente acontecido. Não quero lembrar de você assim, como uma espécie de sonho estranho e impossível, como um fruto intocado e proibido.
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