Amor livre ignorando o sexo, a aparência, as consequências e as intenções. Amor que liberta. Amor sem regras, sem expectativas. Amor do desejo. Amor agora, quem sabe depois. Amor sem vingança, sem lembrança. Amor que não dói. Amor leve, pacífico. Amor sem nome, sem endereço, sem hora marcada. Amor por amor, mais nada.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
Peço desculpas por conseguir enxergar toda essa realidade hipócrita, por valorizar cada segundo, por não desperdiçar nenhuma oportunidade. Não tentem me convencer de que isso é errado ou de que o futuro é mais importante que o presente. Eu não dou a mínima pra opinião de vocês. Eu posso aprender muito em um dia, posso criar relacionamentos fantásticos em uma só noite. Tudo simples assim. Tenho fome de novidade e não quero limites. Valorizo minha liberdade e digo “sim”. Quando tudo chegar ao fim, eu só desejo a sensação de não ter deixado de fazer nada que eu quis. Não tirem isso de mim. Meu único problema é gostar mais de viver do que os outros, isso faz com que eu não veja sentido em uma noite de sono ou em uma tarde na frente da Tv. Não é loucura ou inconsequência, só outro ponto de vista.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Texto escrito em novembro de 2007:
A primeira mensagem que recebi: “Você fuma?”. Não aceitei os cigarros indianos, mas entendi que nada daquilo seria normal.
Horas depois você ficou trancado do lado de fora da casa e eu te observando pelo buraco da porta. Sua blusa Everlast preta ( “É nova, você gostou?”) e a sua cueca de caveirinha.
Eu não tinha realmente acreditado que você iria, eu realmente achava estranho como a gente conversava mil coisas, mesmo não se conhecendo.
Todos faziam cara feia:
- Nossa, aquele menino me mandou dançar pelada em cima da mesa.
- Ai, ele usava uma calça costurada com uma linha verde, super estranho.
- Uma vez ele saiu espalhando pro colégio todo que uma menina beijava mal. Todo mundo chamava ela de canhão! Um idiota.
Eu, sem opção, concordava.
Sei que não foi no terraço, mas me sinto bem quando finjo que foi. Vodka, Coca-Cola, truco e uma lua especialmente vermelha.
- Desculpa se era isso que eu queria.
- É inevitável que aconteça de novo.
Na segunda você jogava basket, na terça estava comigo. O banco da quadra e suas surpresas.
- Gosto do palito do seu picolé, ele tem o gosto da sua boca.
Eu sempre encontrava coisas estranhas em você, seja um pedaço de papel ou de gengibre, não me importava. Foi assim, um dia no recreio, um dia depois da aula, um dia você me levou em casa. Você me esperava na porta da sala em todos os intervalos e eu passei a ficar triste nas quartas-feiras, quando as tardes de ócio na praça da liberdade te tiravam de mim.
- Tenho um presente pra você.
Um palito de picolé costurado com uma linha preta, que eu quebraria em pedacinhos tomada pela raiva tempos depois.
Até que me esquivei, quando estávamos a sós num dia qualquer.
Lembro de você me procurando, mas lembro também de quando acabou.
Você de terno e coturno, parado na janela enquanto eu me ativara no barman, não me aguentei.
- Normalmente as pessoas vão a festas para aproveitar.
- Cada um aproveita de um jeito.
Te ganhei numa brincadeira de pirulito, mesmo tendo consciência de que você não me queria. O taxista nunca viu um beijo tão...
- Estou tomando um chá. Obrigado por ter feito da minha noite uma noite feliz.
O banco da quadra continuava lá.
- É como uma nuvem, a gente olha e dá vontade de pular. Parece seguro, mas ela não vai nos segurar.
O banco da quadra esfriava.
- Não troque o certo pelo duvidoso. Na verdade, não sei se confiaria em você.
Me esquivei.
Na festa junina não era você do meu lado. Você jogava basket na segunda, na terça já não era mais eu.
-Você tá ficando com ela?
Na frente de toda uma sala, que esperava uma aula de história, você se esquivou. Fui embora.
- Não faz isso, não fode com o seu futuro. Não é ela que eu fico olhando pela fechadura da porta enquanto os professores acham que eu estou no banheiro.
Eu voltei. Mas não comprava mais picolé e você não jogava mais basket. 17 meses de espera se resumiram em uns amassos num canto qualquer, vigiados pelo porteiro. A coisa mais quente e fria que já existiu.
- Eu vivo em um mundo sem janelas. Não seja tão radical, amanhã você pode cair na rua, um cara te ajuda a levantar e você encontra um novo amor da sua vida.
Eu sinceramente não entendo como tudo deixou de ser, mas te garanto que pra mim é inevitável que aconteça de novo, de novo e pra sempre.
A primeira mensagem que recebi: “Você fuma?”. Não aceitei os cigarros indianos, mas entendi que nada daquilo seria normal.
Horas depois você ficou trancado do lado de fora da casa e eu te observando pelo buraco da porta. Sua blusa Everlast preta ( “É nova, você gostou?”) e a sua cueca de caveirinha.
Eu não tinha realmente acreditado que você iria, eu realmente achava estranho como a gente conversava mil coisas, mesmo não se conhecendo.
Todos faziam cara feia:
- Nossa, aquele menino me mandou dançar pelada em cima da mesa.
- Ai, ele usava uma calça costurada com uma linha verde, super estranho.
- Uma vez ele saiu espalhando pro colégio todo que uma menina beijava mal. Todo mundo chamava ela de canhão! Um idiota.
Eu, sem opção, concordava.
Sei que não foi no terraço, mas me sinto bem quando finjo que foi. Vodka, Coca-Cola, truco e uma lua especialmente vermelha.
- Desculpa se era isso que eu queria.
- É inevitável que aconteça de novo.
Na segunda você jogava basket, na terça estava comigo. O banco da quadra e suas surpresas.
- Gosto do palito do seu picolé, ele tem o gosto da sua boca.
Eu sempre encontrava coisas estranhas em você, seja um pedaço de papel ou de gengibre, não me importava. Foi assim, um dia no recreio, um dia depois da aula, um dia você me levou em casa. Você me esperava na porta da sala em todos os intervalos e eu passei a ficar triste nas quartas-feiras, quando as tardes de ócio na praça da liberdade te tiravam de mim.
- Tenho um presente pra você.
Um palito de picolé costurado com uma linha preta, que eu quebraria em pedacinhos tomada pela raiva tempos depois.
Até que me esquivei, quando estávamos a sós num dia qualquer.
Lembro de você me procurando, mas lembro também de quando acabou.
Você de terno e coturno, parado na janela enquanto eu me ativara no barman, não me aguentei.
- Normalmente as pessoas vão a festas para aproveitar.
- Cada um aproveita de um jeito.
Te ganhei numa brincadeira de pirulito, mesmo tendo consciência de que você não me queria. O taxista nunca viu um beijo tão...
- Estou tomando um chá. Obrigado por ter feito da minha noite uma noite feliz.
O banco da quadra continuava lá.
- É como uma nuvem, a gente olha e dá vontade de pular. Parece seguro, mas ela não vai nos segurar.
O banco da quadra esfriava.
- Não troque o certo pelo duvidoso. Na verdade, não sei se confiaria em você.
Me esquivei.
Na festa junina não era você do meu lado. Você jogava basket na segunda, na terça já não era mais eu.
-Você tá ficando com ela?
Na frente de toda uma sala, que esperava uma aula de história, você se esquivou. Fui embora.
- Não faz isso, não fode com o seu futuro. Não é ela que eu fico olhando pela fechadura da porta enquanto os professores acham que eu estou no banheiro.
Eu voltei. Mas não comprava mais picolé e você não jogava mais basket. 17 meses de espera se resumiram em uns amassos num canto qualquer, vigiados pelo porteiro. A coisa mais quente e fria que já existiu.
- Eu vivo em um mundo sem janelas. Não seja tão radical, amanhã você pode cair na rua, um cara te ajuda a levantar e você encontra um novo amor da sua vida.
Eu sinceramente não entendo como tudo deixou de ser, mas te garanto que pra mim é inevitável que aconteça de novo, de novo e pra sempre.
sábado, 3 de abril de 2010
Sendo submetida a situações desconhecidas, que talvez eu não soubesse lidar da primeira, segunda ou terceira vez. Numa fase tão boa, encontro exatamente o esperado. Mesmo o bem faz mal. Te perder de vista faz com que eu perceba o quão idiota era a tristeza da mala na porta. Tudo é tão nada perto de você. Nosso nada, tudo incondicional. A quarta vez me bateu na cara, todo o passado que nunca existiu. Esse fim estranho e tardio, essa noite sem lua, esse ambiente não mais acolhedor. Saúdo o início da minha felicidade sem rumo, embora não haja sorriso algum.
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